terça-feira, 19 de junho de 2012

Jales: a "cidade dos loucos"?

Imagem: Google
     Meu filho costuma assistir um desenho animado muito antigo, que faz a gente dar muitas risadas. Chama-se "a cidade dos loucos", porque tudo lá é ao contrário, e eu até penso que poderia se aplicar bem ao que vejo comumente acontecendo aqui em Jales. 
    Basta você dar algumas voltas para ver os absurdos. As pessoas abusam demais, se sentem "donas das ruas". Se continuar assim, os carros terão que andar nas calçadas, porque é tanta gente no meio da rua, que já está igualzinho o desenho animado que o Lucas assiste.
  Isso sem falar nos "pseudo-motoristas" que andam nas ruas pela contramão, dão a seta ao contrário e a gente tem que adivinhar prá que lado vão.
   Bem, posso também falar um pouco sobre os "estacionamentos privados" que muitos fazem. Colocam "cadeirinhas", "banquinhos", tijolos, e isso por horas!
  Puxa, tenho que confessar: eu fico furiosa com isso. A gente tenta encontrar uma vaga e não pode parar porque alguém está guardando uma vaguinha!
  O que me preocupa com tudo isso é que as crianças vão vendo esses maus exemplos e vão aprendendo tudo errado, porque seus próprios pais ensinam. O que adianta eu ensinar o meu filho o que é certo se quando saímos (e raramente vamos à cidade de carro) ele vê tudo errado, me questiona e eu fico parecendo uma boba tentando mostrar que não podemos cometer os mesmos erros dos outros...
  Espero que nossa cidade não caminhe para se tornar uma verdadeira "cidade dos loucos" como o desenho animado.
  Jales está necessitando urgentemente de um projeto de educação permanente, e não só no trânsito, mas também nas escolas, nas ruas, nos supermercados, nas igrejas.
  Eu acredito que o respeito começa até mesmo quando eu guardo o meu carrinho de compras no lugar certo, e não o deixando atrás do carro dos outros. A educação começa dentro de casa, e se estende quando estou no trânsito, exercitando a gentileza, deixando alguém mais apressado passar, não esquecendo de usar a seta (ela não é enfeite no carro).  Começa quando desligo o celular quando vou à igreja, porque ninguém é obrigado a ouvir "ai se eu te pego" quando o celular de um infeliz toca bem quando o padre está fazendo uma homilia. (e acontece direto viu?). Queria ter a tranquilidade de ir trabalhar de bicicleta sossegada, tendo a certeza de que seria respeitada como ciclista, porque confesso que às vezes tenho medo que passem por cima de mim, como já quase fizeram tempos atrás.
  É uma pena que essa postagem terá muitas leituras de pessoas até de outros países, porque tenho seguidores no Japão, Estados Unidos e Portugal, mas terá  pouquíssimos leitores jalesenses...
  Mas aos os poucos que lerem, peço que reflitam comigo, porque temos o dever de repassar essa idéia: ser gentil, sempre, porque gentileza gera gentileza, não é mesmo?
  Quero uma Jales melhor, não só prá mim, mas para todos os jalesenses.
  Fique com Deus e até breve.