domingo, 6 de novembro de 2011

Sonhar demais é defeito?

Esse blog é parte da realização de um sonho.
 Quando recebi minha cura da síndrome do pânico, comecei a realizar parte do meu sonho, pois através de meu testemunho, sei que tenho alcançado muitas pessoas, ajudando-as a voltar a acreditar na vida...
  E desde 2008, passei grande parte do meu tempo livre escrevendo e-mails e mais e-emails para tantas personalidades, artistas, apresentadores, cantores, e hoje, três anos depois, o mais triste é saber que nunca recebi uma resposta sequer.
 Então às vezes me pergunto: será que sonhar demais é defeito? Será que meu sonho é tão grande assim? Ou será que ele é pequeno demais para ser notado, percebido, ouvido por alguém...
 Eu tenho tantos planos sobre meu sonho de doar as músicas para o hospital de Cancer de Jales, que veja só o que eu pensei: bem, como existe o CD "Direito de Viver", eu poderia gravar um CD "Direito de Viver Jales", onde todos os artistas de nossa cidade poderiam cantar uma música, e em algumas eu faria algumas participações. Até imagino como seria maravilhoso se isso acontecesse... Fico pensando em quantas pessoas nos ajudariam comprando esse CD e a renda seria toda revertida ao hospital. Quem sabe esse meu sonho utópico se projetasse para o país inteiro, e surgissem mais artistas, cantores, compositores dispostos a realizar esse tipo de trabalho para ajudar entidades beneficentes de suas cidades...
 Está vendo: eu sei, eu sonho demais... Mas será que esse meu sonho não é bonito, verdadeiro, honesto? Será que eu não mereço que ele seja atendido? Deus já fez sua parte. Me deu o dom de sentir, de compor, de escrever. Esse dom da música está nas minhas veias, corre no meu sangue. Agora, a minha parte é correr atrás para realizar esse sonho, mas confesso que já estou um pouco decepcionada, pois confiei a uma pessoa a tarefa de entregar uma carta a alguém muito importante, que poderia me ajudar, mas eu tenho receio que essa carta nunca tenha chegado em suas mãos... Essa pessoa é o Dr. Henrique Prata, e na carta que escrevi, falei um pouco de mim, de meu sonho e pedi sua ajuda. Não sei se ele recebeu, ou se recebendo, não acreditou muito em mim, sei lá...
 Eu penso tanta coisa sabe...
 Mas continuo acreditando no meu sonho, apesar de vê-lo tão distante de ser alcançado.
 E se você me perguntar: e porque você acredita?
 Minha resposta será curta e verdadeira:
 Eu acredito porque meu sonho é um sonho de amor, um sonho bom, que merece ser realizado...
 Fique com Deus e até breve!

domingo, 25 de setembro de 2011

Histórias que a mídia não mostra

 Existem bonitas histórias que acontecem todos os dias na igreja católica, mas que jamais são divulgadas.
 Histórias como essa que vou transcrever, jamais sairiam em noticiários de TV, principalmente algumas que apenas divulgam o que denigre a fé católica.
 O que eu penso que certas emissoras precisam aprender urgentemente, é que precisamos construir "pontes" e não "muros", se quisermos contribuir para um mundo verdadeiramente melhor...
 
Fonte: UOL mais.

    No programa de televisão da Madre Angélica nos Estados Unidos (EWTN), relataram um episódio pouco conhecido da vida do Papa João Paulo II.
Um sacerdote norte americano da diocese de Nova York se dispunha a rezar em uma das paróquias Roma quando, ao entrar, se encontrou com um mendigo. Depois de observá-lo durante um momento, o sacerdote se deu conta de que conhecia aquele homem. Era um companheiro do seminário, ordenado sacerdote no mesmo dia que ele. Agora mendigava pelas ruas.
O padre, depois de identificar-se e cumprimentá-lo, escutou dos lábios do mendigo como tinha perdido sua fé e sua vocação. Ficou profundamente estremecido. No dia seguinte o sacerdote vindo de Nova York tinha a oportunidade de assistir à Missa privada do Papa e poderia cumprimentá-lo no final da celebração, como é de costume. Ao chegar sua vez sentiu o impulso de ajoelhar-se frente ao Santo Padre e pedir que rezasse por seu antigo companheiro de seminário, e descreveu brevemente a situação ao Papa.
Um dia depois recebeu o convite do Vaticano para cear com o Papa, e que levasse consigo o mendigo da paróquia. O sacerdote voltou à paróquia e comentou a seu amigo o desejo do Papa. Uma vez convencido o mendigo, o levou a seu lugar de hospedagem, ofereceu-lhe roupa e a oportunidade de assear-se.
O Pontífice, depois da ceia, indicou ao sacerdote que os deixasse a sós, e pediu ao mendigo que escutasse sua confissão. O homem, impressionado, respondeu-lhes que já não era sacerdote, ao que o Papa respondeu: " uma vez sacerdote, sacerdote para sempre". "Mas estou fora de minhas faculdades de presbítero", insistiu o mendigo. "Eu sou o Bispo de Roma, posso me encarregar disso", disse o Papa.
O homem escutou a confissão do Santo Padre e pediu-lhe que por sua vez escutasse sua própria confissão. Depois dela chorou amargamente. Ao final João Paulo II lhe perguntou em que paróquia tinha estado mendigando, e o designou assistente do pároco da mesma, e encarregado da atenção aos mendigos.
 
 Valeu a pena ler essa história, não valeu?
 Fico imaginando como seria maravilhoso quando os noticiários de  TV deixassem tanto sensacionalismo de lado e começassem a exercer uma função mais social, voltada para o bem comum, divulgando as boas notícias, valorizando o respeito e a paz.
 Com certeza, viveríamos num mundo melhor, muito mais bonito...
 Fique com Deus e até breve!


sábado, 2 de abril de 2011

A "saúde pública" que eu não quero ver

Resolvi transcrever aqui  uma discussão postada  no fórum da minha pós-graduação - Gestão em Saúde Pública. 
 Ela é um desabafo, misto de indignação e tristeza.
Assim como eu, creio que qualquer pessoa que tenha assistido o "Globo Repórter" e o "Jornal da Globo" ontem à noite (por incrível que pareça, dia primeiro de abril), deve ter ficado no mínimo indignado, para não dizer chocado.
 Infelizmente, aquilo tudo não é mentira. Bem melhor seria se fosse...
A pergunta que não quer calar dentro de mim é essa:
"Como gestor de saúde, como posso contribuir para que não aconteça essa "saúde pública" que ninguém quer ver?
O caso apresentado no Globo Repórter, da pequenina Ruth Cristine, cujo diagnóstico pós morte foi de leishmaniose visceral, e não pneumonia, como vinha sendo tratada.
Olhar para aquela criança, que praticamente morreu ali, diante das câmeras, é no mínimo revoltante para nós brasileiros, filhos de um país de grandezas continentais.
Vi na Dra. Annete, a decepção, e apesar de toda a mobilização da equipe para improvisar uma "UTI", já era tarde demais para a pequena Ruth.
Vi, no olhar da pobre mãe,  um misto de tristeza e indignação, por se ver impotente diante da vida ceifada. Uma vida que mal havia começado...
Agora eu pergunto: prá que impostos tão caros, se os recursos e verbas não chegam onde precisa? Um país que só em loterias arrecadou no ano de 2010 cerca de 8,8 bilhões de reais???
Peço desculpas pelo meu desabafo, mas como mãe e funcionária da saúde, assistir aquela cena, foi demais prá mim.
Enquanto eu chorava, sabe o que pensei?
Será que um desonesto político, seja deputado, senador, prefeito, vereador, enfim, qualquer cargo de confiança, deitaria em sua cama e dormiria tranquilo se tivesse assistido aquela matéria??? Será que continuariam a praticar ilícitos em nome do dinheiro???
Bem, infelizmente sabemos que isso em nada abala a muitos, e enquanto muitos dormem, nós temos que nos "conformar" em assistir um show na TV de mensalões, mensalinhos, dinheiro "na cueca", etc... Enquanto existir "poderosos" alimentando suas "gordas contas" em bancos na Suíça e paraísos fiscais, como poderão os gestores de boa vontade conseguir algo??? Como esses recursos desviados chegarão a esses pequenos que morrem todos os dias no país vítimas do descaso e da corrupção???
Ah! meus amigos, só tendo um coração de pedra para não se sensibilizar...
No Jornal da Globo, o desabafo do médico ortopedista Leolino Araújo, de Rondonópolis, foi literalmente de "cortar o coração".
Com a voz trêmula e os olhos cheios de água,  ele fez um desabafo sobre suas condições de trabalhar, onde atendia as emergências em "um cubículo improvisado", como ele mostrou.
Vi,  nos olhos daquele médico,  todos os seus sonhos, que pareciam "escapar" de suas mãos diante da impossibilidade de exercer sua profissão com DIGNIDADE, isto porque existem "poderosos" que simplesmente ignoram ou "fecham os olhos" para as questões sociais mais urgentes...
Eu sonho e acredito que uma saúde melhor, uma educação melhor, segurança melhor... podem ser possíveis.
Acredito que é possível fazer pequenos gestos que tenham grandes proporções, desde que feitos pelas pessoas certas, e exemplos no Brasil e no mundo temos "aos montes".
Precisamos de mais "Betinhos", "Zildas Arns", "Madres Tereza"...
Apesar do pessimismo que impera, e de meu desabafo "nada animador", confesso que acredito nos meus sonhos, e como prova deixo o trecho de uma música que escrevi em 1997 e pela qual venci um festival de música:
"...plante o amor e a justiça, se você quer colher a paz. Mas nunca desista, os sonhos nunca morrem, pode acreditar. Eles estão adormecidos, esperando A GENTE ACORDAR..."
Fique com Deus e até breve!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Devolva o peixe

    É inegável que nossa sociedade passa por uma crise moral e ética. Basta ligarmos a TV para assistir um verdadeiro "show de horrores", como escândalos na política, nas relações interpessoais e na convivência em sociedade. Existem até os chamados "reality shows" que colocam os telespectadores numa situação como se fossem verdadeiros "palhaços" assistindo um show de big bobeiras...
   Temos livre arbítrio, podemos sempre escolher entre o CERTO e o ERRADO, mas muitas vezes acabamos nos acostumando de tal forma com o ERRADO, que ele passa a se tornar, equivocadamente claro, o CERTO.
  Para ilustrar bem isso, quero compartilhar com vocês uma história que recebi de uma amiga, a Daniela.
  Talvez essas sejam as histórias que devamos passar para nossos filhos enquanto desligamos (sabiamente) a TV no chamado horário nobre.
  Precisamos urgentemente de filhos melhores para o mundo, já falei disso em meu blog. Se queremos um mundo de justiça, de paz, de respeito e amor ao próximo, comecemos transmitindo esses valores aos nossos filhos, enquanto eles ainda são pequenos.
 Espero que gostem dessa história tanto quanto eu.
 Valeu Daniela, obrigada amiga.

 DEVOLVA O PEIXE

  Jorge tinha onze anos e sempre ia pescar no cais próximo ao chalé da família.
  A temporada de pesca só começaria no dia seguinte, mas Jorge e seu pai saíram no fim da tarde para pegar apenas peixes cuja captura estava liberada.
  O menino amarrou uma isca e começou a arremessar. Logo o caniço vergou, e ele se deu conta que havia algo enorme na ponta da linha.
  O pai olhava com admiração, enquanto Jorge habilmente e com muito cuidado, retirava o peixe exausto da água. Era o maior que já tinha visto, porém sua pesca só era permitida na temporada, que ainda não havia começado.
  Enquanto apreciavam aquela beleza de peixe, o pai acendeu um fósforo e olhou para o relógio. Pouco mais de dez da noite… Ainda faltavam quase duas horas para a abertura da temporada.
  Seu pai então olhou para o peixe e depois para Jorge, e disse:
- Filho, você tem que devolvê-lo!
- Mas papai! – reclamou o menino.
- Vai aparecer outro – insistiu o pai.
- Não tão grande quanto este – choramingou Jorge.
  Jorge olhou à volta do lago. Não havia outros pescadores ou embarcações à vista. Voltou novamente o triste olhar para o pai, porém ele sabia, pela firmeza em sua voz, que a decisão era inegociável. Mesmo não havendo ninguém por perto.
  Com cuidado, tirou o anzol da boca do enorme peixe e o devolveu à água escura. O peixe rapidamente desapareceu.
  Naquele momento, Jorge teve a certeza de que jamais pegaria novamente um peixe tão grande quanto aquele.
  Trinta anos depois, o Chalé continua lá, e Jorge, um bem-sucedido arquiteto, leva seus filhos pra pescar no mesmo cais.
  Sua intuição estava correta. Nunca mais conseguiu pescar um peixe tão maravilhoso como o daquela noite, porém, vê o mesmo peixe todas as vezes que se depara com uma questão ética.
 Como seu pai lhe ensinou, a ética é simplesmente uma questão de CERTO e ERRADO.

Justamente o que desejo prá mim, é o que devo oferecer aos outros. Agir corretamente quando se está sendo observado, é uma coisa. A ética, porém, se revela quando agimos corretamente enquanto ninguém está nos observando.

Fiquem com Deus e até breve!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Leis que ficam apenas no papel

  Vejam vocês o que aconteceu com uma colega nossa de trabalho ontem à tarde:
  Foi "agredida" verbalmente por um profissional (pasmem vocês- também funcionário público), que foi questionar sobre o medicamento de sua mãe.
  O "cidadão", cuja profissão é defender o cidadão, certamente não conhece o Art. 331 do código penal.
  Ele foi tão severo, e a nossa colega é uma pessoa extremamente calma e tranquila, por isso não havia motivo para  o "referido rapaz" já ir chegando e brigando. Nem ao menos deu oportunidade prá nossa colega explicar os trâmites de um processo de alto custo.
  O que mais me assusta, é que vivemos num país onde a maioria das leis ficam apenas no "papel".
  Temos bem na entrada de nossa sala de atendimento um cartaz igualzinho esse escrito "Desacato", mas isso não inibiu nenhum pouco o rapaz bem "pouco educado".
  Daí eu lhes pergunto: como fazer para que as leis funcionem no Brasil?
 Amo o meu trabalho, e quem me conhece sabe o que abdiquei para continuar trabalhando ali. Deixei um lugar que tinha salas amplas, iluminadas e climatizadas, para ficar num lugar que os próprios pacientes chamam de "moquifinho", acreditam? rsrsrsrs
 Atendemos os pacientes de pé, pois o espaço impede que nos sentemos.
O local é extremamente quente, o ar condicionado não é próprio e muito antigo. É um desconforto total, pois até os pacientes tem que ficar de pé.
 E apesar de tudo isso, continuo acreditando que vale a pena trabalhar ali, porque 99,9% dos pacientes são pessoas maravilhosas, das quais recebemos sempre um "bom dia", um sorriso, um agradecimento, uma oração...
 Por isso gente, é triste quando encontramos pessoas que conhecem as leis, e em nome de uma arrogância ou "abuso de autoridade", se sentem no direito de humilhar e desacatar um funcionário, passando por cima exatamente dessa lei que conhecem (ou a ignoram???).
  Depois do acontecido, acho que deveríamos tirar o tal "cartaz", porque ele não impediu que minha colega fosse agredida a ponto de passar mal depois.
  Depois do acontecido, acredito mais e mais que conhecer uma lei não é o suficiente para obedecê-la, pois é uma questão de ética, de princípios de moral e boa conduta, e isso, eu acredito que é outro assunto...
  Depois do acontecido, quero estudar mais e mais, e se possível, com meu trabalho, provar que e nosso país existem dezenas de bons funcionários, que apesar das humilhações, privações e outras coisas mais, amam o seu trabalho e o realizam com empenho e carinho.
  Eu sonho com o dia em que nossas leis saiam do papel, para todos, indistintamente.
  Sou realmente uma grande sonhadora, e como disse Martin Luther King, "sonho com o dia em que os homens levantar-se-ão e finalmente compreenderão que nasceram para viverem como irmãos..."
 Fique com Deus e até breve!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pureza de criança

  Ah! se os adultos fossem como as crianças...
  Nelas não há mentira, falsidade, egoísmo.
  Chegou agora pouco aqui em casa um menino (parente de um vizinho) que meu filho de sete anos nunca viu, mas fiquei impressionada como ele e meu filho se interagiram. O Lucas já o chamou para brincar, ensinando como jogar no play station, e agora ele o o Isaac estão conversando como se se conhecessem há anos...
  Deveríamos ser assim quando nos tornamos adultos.
 Quantas vezes chegamos em algum lugar e a gente vê claramente em quê os adultos se tornam: não se diz um "bom dia" ou "boa tarde", não se "puxa" uma conversinha prá descontrair, e mesmo que alguém se "manifeste" prá conversar, não é raro a gente perceber que nem todos simpatizam com a idéia de "bater" um bom papo.
 Mais uma vez eu repito, que deveríamos ser como uma criança.
 Já aconteceu comigo, por isso eu digo: às vezes a gente vai fazer uma gentileza mesmo, e nem ao menos um "obrigado" a gente recebe. Meus pais me educaram para sempre fazer uma gentileza, um gesto a uma pessoa idosa, sabe, coisas assim, mas quantas vezes a gente se põe a ajudar e ... sem comentários! rsrsrs
 É claro que isso acontece porque as pessoas são muito diferentes.
 No nosso dia-a-dia encontramos pessoas de todo jeito. Eu me atreveria a dizer que a espécie humana é a mais diversificada, e haja diferença meu Deus!
 No entanto, apesar de tudo, vale a pena continuar no caminho da gentileza quem o já vive.
 Não desanime de ter uma "pureza de criança", mesmo que a maioria não seja assim, e não faça absolutamente nada por você caso algum dia precise.
 Como bem escreveu Madre Tereza de Calcutá em um de seus pensamentos, no final a gente descobre que não é entre nós e a pessoa, mas "entre nós e Deus", e só por isso vale a pena viver, servir e ser alguém que faz desse mundo um lugar melhor prá se viver.
 Fique com Deus e até breve!