sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Leis que ficam apenas no papel

  Vejam vocês o que aconteceu com uma colega nossa de trabalho ontem à tarde:
  Foi "agredida" verbalmente por um profissional (pasmem vocês- também funcionário público), que foi questionar sobre o medicamento de sua mãe.
  O "cidadão", cuja profissão é defender o cidadão, certamente não conhece o Art. 331 do código penal.
  Ele foi tão severo, e a nossa colega é uma pessoa extremamente calma e tranquila, por isso não havia motivo para  o "referido rapaz" já ir chegando e brigando. Nem ao menos deu oportunidade prá nossa colega explicar os trâmites de um processo de alto custo.
  O que mais me assusta, é que vivemos num país onde a maioria das leis ficam apenas no "papel".
  Temos bem na entrada de nossa sala de atendimento um cartaz igualzinho esse escrito "Desacato", mas isso não inibiu nenhum pouco o rapaz bem "pouco educado".
  Daí eu lhes pergunto: como fazer para que as leis funcionem no Brasil?
 Amo o meu trabalho, e quem me conhece sabe o que abdiquei para continuar trabalhando ali. Deixei um lugar que tinha salas amplas, iluminadas e climatizadas, para ficar num lugar que os próprios pacientes chamam de "moquifinho", acreditam? rsrsrsrs
 Atendemos os pacientes de pé, pois o espaço impede que nos sentemos.
O local é extremamente quente, o ar condicionado não é próprio e muito antigo. É um desconforto total, pois até os pacientes tem que ficar de pé.
 E apesar de tudo isso, continuo acreditando que vale a pena trabalhar ali, porque 99,9% dos pacientes são pessoas maravilhosas, das quais recebemos sempre um "bom dia", um sorriso, um agradecimento, uma oração...
 Por isso gente, é triste quando encontramos pessoas que conhecem as leis, e em nome de uma arrogância ou "abuso de autoridade", se sentem no direito de humilhar e desacatar um funcionário, passando por cima exatamente dessa lei que conhecem (ou a ignoram???).
  Depois do acontecido, acho que deveríamos tirar o tal "cartaz", porque ele não impediu que minha colega fosse agredida a ponto de passar mal depois.
  Depois do acontecido, acredito mais e mais que conhecer uma lei não é o suficiente para obedecê-la, pois é uma questão de ética, de princípios de moral e boa conduta, e isso, eu acredito que é outro assunto...
  Depois do acontecido, quero estudar mais e mais, e se possível, com meu trabalho, provar que e nosso país existem dezenas de bons funcionários, que apesar das humilhações, privações e outras coisas mais, amam o seu trabalho e o realizam com empenho e carinho.
  Eu sonho com o dia em que nossas leis saiam do papel, para todos, indistintamente.
  Sou realmente uma grande sonhadora, e como disse Martin Luther King, "sonho com o dia em que os homens levantar-se-ão e finalmente compreenderão que nasceram para viverem como irmãos..."
 Fique com Deus e até breve!

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Pureza de criança

  Ah! se os adultos fossem como as crianças...
  Nelas não há mentira, falsidade, egoísmo.
  Chegou agora pouco aqui em casa um menino (parente de um vizinho) que meu filho de sete anos nunca viu, mas fiquei impressionada como ele e meu filho se interagiram. O Lucas já o chamou para brincar, ensinando como jogar no play station, e agora ele o o Isaac estão conversando como se se conhecessem há anos...
  Deveríamos ser assim quando nos tornamos adultos.
 Quantas vezes chegamos em algum lugar e a gente vê claramente em quê os adultos se tornam: não se diz um "bom dia" ou "boa tarde", não se "puxa" uma conversinha prá descontrair, e mesmo que alguém se "manifeste" prá conversar, não é raro a gente perceber que nem todos simpatizam com a idéia de "bater" um bom papo.
 Mais uma vez eu repito, que deveríamos ser como uma criança.
 Já aconteceu comigo, por isso eu digo: às vezes a gente vai fazer uma gentileza mesmo, e nem ao menos um "obrigado" a gente recebe. Meus pais me educaram para sempre fazer uma gentileza, um gesto a uma pessoa idosa, sabe, coisas assim, mas quantas vezes a gente se põe a ajudar e ... sem comentários! rsrsrs
 É claro que isso acontece porque as pessoas são muito diferentes.
 No nosso dia-a-dia encontramos pessoas de todo jeito. Eu me atreveria a dizer que a espécie humana é a mais diversificada, e haja diferença meu Deus!
 No entanto, apesar de tudo, vale a pena continuar no caminho da gentileza quem o já vive.
 Não desanime de ter uma "pureza de criança", mesmo que a maioria não seja assim, e não faça absolutamente nada por você caso algum dia precise.
 Como bem escreveu Madre Tereza de Calcutá em um de seus pensamentos, no final a gente descobre que não é entre nós e a pessoa, mas "entre nós e Deus", e só por isso vale a pena viver, servir e ser alguém que faz desse mundo um lugar melhor prá se viver.
 Fique com Deus e até breve!