Os olhos de quem vê

 Bem diz o ditado que tem amigos, nunca está sozinho!

 Graças a Deus, tenho verdadeiros amigos, reais e alguns que conheci no chat da Canção Nova.

 Mesmo não os conhecendo pessoalmente, sei que são pessoas cristãs, íntegras e verdadeiras.

 Como gosto muito de fazer postagens e criar slides, meu amigo lá de Minas, o Renato Correa, me enviou essa linda estória, que acredito que vale a pena ser transcrita e repassada para as pessoas que amamos e admiramos.

 Num mundo onde o TER se sobrepõe ao SER, é muito válido apreciarmos estórias assim, que nos revelam o quanto é urgente não nos deixarmos levar pelas ilusões que a modernidade tem nos imposto.

 Espero que você goste e quem sabe, divulgue para as pessoas também!

Um dia, um pai de família rica, grande empresário, levou seu filho para viajar até um lugarejo com o firme propósito de mostrar o quanto às pessoas podem ser pobres. O objetivo era convencer o filho da necessidade de valorizar os bens materiais que possuía, o status, o prestígio social; o pai queria desde cedo passar valores para seu herdeiro.

Eles passaram um dia e uma noite numa pequena casa de taipa, de um morador da fazenda de seu primo... Quando retornavam da viagem o pai perguntou ao filho:

E ai filho, como foi a viagem pra você?

Muito boa, papai.

Você viu a diferença entre viver na riqueza e na pobreza?

Vi sim papai!- retrucou o filho pensativamente.

E o que você aprendeu naquele lugar tão pobre?

O menino respondeu com o olhar fixo no infinito:

É pai, eu vi que nós temos só um cachorro que não pode sair de dentro de casa, e eles tem quatro que vivem brincando e passeando com eles. Nós temos uma piscina que alcança metade do jardim, e eles tem aquele riacho que não tem fim e ainda pescam. Nós temos uma varanda coberta e iluminada com lâmpadas fluorescentes e eles tem as estrelas e a lua do céu. Nosso quintal vai até o portão e vivemos cercados, e eles tem uma floresta inteirinha sem um limite de cerca. Nós temos alguns canários em uma gaiola, e eles tem todas as aves que a natureza pode oferecer, e soltas!

O menino deu um profundo suspiro e continuou:

E tem mais papai,observei que eles rezam antes de qualquer refeição, enquanto nós sentamos a mesa e falamos de negócios, dólar,ações, eventos sociais, daí comemos, empurramos o prato e pronto! No quarto eu fui dormir com o Tonho, passei vergonha, pois não sabia sequer orar, enquanto ele se ajoelhou e agradeceu a Deus por tudo, inclusive a nossa visita na casa deles. Lá em casa, vamos para o quarto, deitamos assistimos TV e dormimos. Outra coisa papai, eu dormi na rede do Tonho e ele dormiu no chão, pois não havia rede para cada um de nós. Na nossa casa colocamos a Maristela, nossa empregada, para dormir naquele quarto onde guardamos entulho, apesar de termos camas macias e cheirosas sobrando.

Conforme o garoto falava, o pai ficava estupefato, sem graça e envergonhado. O filho na sua sábia ingenuidade e o seu brilhante desabafo abraçou o pai e ainda acrescentou:

OBRIGADO PAPAI, POR TER ME MOSTRADO O QUANTO SOMOS POBRES!

Moral da história:

Não é o que você tem o que você faz ou onde está que irá determinar sua felicidade, mas o que você pensa sobre isso.

Tudo o que você tem, depende da maneira que você olha, da maneira que você valoriza. Se você tem amor e sobrevive nesta vida com dignidade e humildade, se tem atitudes positivas, se partilha com benevolência suas coisas, se olha para sua coisas com amor mas também com desapego, se agradece a Deus por tudo que tem na certeza que tudo provem Dele, então....você tem tudo e é FELIZ!

(autor desconhecido)

Fique com Deus e até breve!